sexta-feira, 23 de abril de 2010

Alice No país das Maravilhas



TÔ bem cansado, então vou ser breve: cheguei algumas horas da seção de "Alice no Páis das Maravilhas", e embora não goste do estilo de Tim Burton, seria uma injustiça dizer que o filme é ruim: roteiro muito bom e inspirado do começo ao fim, ótimos atores (tudo bem que Johnny Depp sempre desponta nos filmes de Burton, mas Mia Wasikowska, a Alice, também mostra-se bastante competente) e efeitos especiais que conseguem tornar todo aquele universo quase real. Claro, o lado obscuro das películas do diretor está lá, mas posso dizer que com menos força do que em outras de seu currículo. Enfim, seu sucesso é merecido. Estou com tanto sono... até a próxima!

Tudo bem que o destaque em Depp era previsível, mas não dá para negar que o filme consegue ser bom por sí mesmo, e não pegando carona no talendo do ator (Né "Piratas do Caribe"?)

terça-feira, 20 de abril de 2010

Apenas o fim e Pokémon Black and White (Pokémon V)

Estou com preguiça de fazer uma crítica mais detalhada (foi uma semana cansativa...) então falarei sem rodeios sobre Apenas o fim, esse filme que, na minha opinião, é umas das mais corajosas e diferentes tentativas de se fazer cinema nacional.


Eu não sei quanto a você, mas sempre que assisto um filme passado no Brasil, eu me pergunto porque coisas relacionadas a nosso cotidiano não são transmitidas de forma fiel nas telonas. Se alguém fala sobre alguma comunidade virtual, se refere a ela apenas como "a comunidade virtual" e não por Orkut, Facebook ou algum outro. Isso sempre me tirou um pouco da magia dessas películas. É impossível emergir em uma experiência cinematográfica se algo que você conhece é tratado tão genericamente. Fica artificial. Acho que pior que isso, só como mostram o esteriótipo do Nerd nesses fimes e em qualquer outra mídia: cara que joga joguinho (sim, quais?), lê quadrinhos (de quê? Porque não existe só HQ de super-heróis), se veste mal e é tímido. Só. Tudo com a profundidade de um pires.

Felizmente, esse não é o caso de Apenas o fim. Todos os erros que citei acima são corrigidos aqui, e de forma brilhante. A trama é apenas uma desculpa para se entrar e falar do universo jovem e mostrar que pessoas, seja qual for a idade, são mais complexas do que rótulos: namorada decide terminar o relacionamento, e antes de fugir e deixar tudo para trás, reserva apenas uma hora para conversar com o parceiro. Entre os flashbacks que mostram os momentos do casal, estão representados a conversa de toda uma geração que cresceu nas décadas de oitenta e noventa: animações clássicas como He-man, Transformers, Cavaleiros do Zodíaco, jogos como Pokémon e Tomagoshi e, falando dos dias de hoje, sites de informação como o Omelete e o Blog do Judão. Sinceramente, nunca pensei que um diretor teria a coragem e o talento para representar tudo isso de uma forma que ficasse bem feita e interessante, mas Matheus Souza conseguiu, e de quebra, rompeu com uma imagem de mais de vinte anos de cinema e inovou.

Terminei enrolando um pouco quando prometi que não o faria, mas a verdade é que Apenas o fim me trouxe aquela sensação de novo, de ver uma coisa nunca feita ou que a gente até imaginava, mas não sabia se daria certo... ele trouxe a alma adolescente para o cinema, sem piegismo, rótulos ou falsos moralismo. É uma imagem sincera de como esses adolescentes agem, falam e se relacionam. O filme inteiro é todo baseado no diálogo, e não há um só momento em que ele fique cansativo, pois cada cena te prende, ou apresenta um elemento de identificação, enquanto o telespectador se pergunta como o longa apresentará seu desfecho. Enfim, sem exageros, um verdadeiro marco para nosso cinema.


Agora falemos sobre as novidades relacionadas a Pokémon 5. Como todo capítulo da franquia, será lançado em duas versões, cujos os nomes serão black e White. Fotos de novos pokémon pipocam todos os dias, mas ainda não dá para testar a veracidade delas. O que se sabe, no entanto, é que serão lançadas até Outubro, e ainda serão para Nintendo DS, e não para o 3DS, nova geração do portátil da Nintendo que sairá também no final do ano. Algumas fotos do jogo podem ser conferidas nesse link: http://www.ligapkjoseense.com/news/noticia071.htm

É isso. Amanhã é feriado, vou aproveitar para dormir um pouco agora e acordar bem tarde. Até a próxima!

sábado, 10 de abril de 2010

Por que homem normalmente não gosta de Crepúsculo?

Se você gosta de Crepúsculo, já deve ter ouvido um monte de comentários machistas de que não tem gosto, ou coisa do tipo


Se você é mulher, acredite: dificilmente verá alguém do sexo oposto elogiando os filmes de Crepúsculo, Sex and the City, ou qualquer outra franquia que tenha uma trama direcionada as mulheres. O porque disso é muito simples: em uma sociedade dominada por padrões masculinos, que vão de rótulos de cerveja até qualquer outro produto de consumo, elogiar uma dessas obras seria como admitir uma falta de verilidade. "Homem que é homem" tem que gostar de Jason Bourne, Miami Vice, James Bond, Velozes e Furiosos, algum filme de Super-herói (porque hoje em dia estão na moda) e por ai vai. É comum entrar em um site, por exemplo, o Omelete, e ver nas listas de discussão gente comentando o quanto Crepúsculo é ruim, os atores são toscos, a história dos vampiros é descaracterizada... quando eles nem sequer assitiram mais do que um teaser do filme, ou uma foto ou ainda leram sobre ele.

Sim, é verdade que a história contada por Stephenie Meyer toma suas doses de liberdade criativa em relação a popular lenda dos chupadores de sangue e dos licantropos, mas que história de vampiros não o faz? Até o mais popular de todos os personagens vampíricos, o Conde Drácula, nada mais é do que uma adaptação de lendas europeias e de outro personagem histórico, Vlad, o empalador.

Livros como Entrevista com o Vampiro, jogos de RPG como o Mundo das Trevas da empresa White Wolf, nenhuma delas traçará um perfil fiel simplesmente porque não há um para se traçar. Há registros da lenda de Vampiros na europa, África, no Antigo Egito, no Médio Oriente, e todas elas trazem discrepâncias. Alguns relatos europeus são o mais próximo do que conhecemos: o vampiro é um morto vivo consciente (nem todos são, vide o zumbi), capaz de se transformar em morcego e lobo (e até em outros animais, segundo algumas versões) e que se alimenta do sangue de suas vítimas. Na Egípcia, são parentes de demônios, e por ai vai. O que é importante deixar claro é que a visão que temos de vampiros, a clássica, veio da mente de artistas, e não do(s) mito(s) original(is).

Acho que estendi um pouco, mas o que estou tentando explicar é o seguinte: Na maior parte da história humana, os homens imporam suas vontades e direitos sobre as mulheres, e isso ainda acontece, seja em casos como tacharem de "incultas" ou "sentimentalistas demais" aquelas que gostam da obra de Meyer, como qualquer outra mulher que possa fazer frente a eles naquilo que mais gostam e, por isso, que deveria ser apenas de presença masculina (alquém ai lembra daquela bandeirinha que foi expulsa pela FIFA porque fez um ensaio para a Playboy? Porque o mesmo não acontece com um jogador que posa para a Revista G?)

Quer saber? Eu gostei de Crepúsculo, dos dois primeiros filmes. Não são brilhantes, mas têm sim um bom roteiro e direção, e não vou dizer que não só porque sou homem. Agora, acho patético que sites de renome (não vou dizer qual, mas acho que já citei) falem abertamente sobre a qualidade do filme, enaltecendo obras anteriores sobre vampiros porque são "Melhores". Uma mulher decidiu mostrar sua perspectiva feminina sobre vampiros, assim como as milhares de versões masculinas que existem por aí. Ainda recriou* a mitologia com ideias próprias, como todos fazem. O que separa essa adaptação das outras é apenas uma única coisa: o preconceito.

Fontes:

http://mortesubita.org/monstruario/hall/vampiro
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vampiro
-Repertório pessoal

*-Tudo bem que acho que existem semelhanças gritantes entre a obra de Meyer e de Charlaine Harris, a escritora que escreveu a série de livros que deu origem a True Blood. Mas como enfoquei mais os filmes da Twilight Saga, essa é outra história...

Dica:

Livro Enciclopédia dos Vampiros, de J. Gordon Melton: http://www.mbooks.com.br/cgi-bin/e-commerce/busca_e-commerce.cgi?lvcfg=mbooks&action=saibamais&codigo=800569

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Um longo e triste dia

Hoje faleceu um tio muito próximo. Ele estava morando com minha avó há quase dois anos e, após um aneurisma, perdeu o movimento de um braço e das pernas. Desde então, ele vinha lutando para se recuperar.
Parece que já faz uma eternidade desde que minha mãe me acordou de seis da manhã para dar a notícia. Estamos todos reunidos aqui, na casa da minha avó, para que ela e Márcia, que trabalha aqui em casa e que também era muito apegada a ele, não durmam sozinhas. Como consolo, só posso esperar que ele esteja em um lugar melhor, realizando o sonho pelo qual lutou durante todo esse tempo: voltar a andar.

Na verdade, é apenas o começo

domingo, 4 de abril de 2010

Feriado à lá "Peter Parker" (ou "meu dia de Peter Parker Loser´s Day"!)

Porra, Aranha!!!




Estava bem feliz, achando que esse feriado seria perfeito para descansar e me divertir. Não que não tenha sido, mas houve um contratempo que, bem... vai marcar mais do que os momentos bons! ¬¬

Eu já falei aqui sobre a "Síndrome de Peter Parker", ou seja, de momentos de "losersidez" que podem ser de uma fase da nossa vida até um momento em particular, que nada tinha para dar errado (ou até tinha, e terminou acontecendo). Seria outro nome para "Lei de Murphy", mas como acho meio ridículo alguém colocar o próprio nome em algo tão elementar ("Lei de Ary, todo ser humano um dia morre, como sou esperto...") fica esse, que adaptei do famoso personagem arcnídeo.

Continuando, após tanto tempo, finalmente eu e minha noiva decidimos sair um pouco para se divertir (nós vemos todos os dias, pois estudamos no mesmo período e cadeiras da faculdade, mas não é a mesma coisa). Fomos ao Shopping, jantamos no lugar de sempre e assistimos Como treinar seu dragão. Tudo maravilhoso, perfeito. Mas algumas horas depois, eu estava me sentindo estranho. Como se minha barriga estivesse vazia, mesmo estando cheia. Enfim, só deu tempo para pedir um balde para Thereza e me virar de costas para ela... e vomitar todo o chão do banheiro.

Foi muito constrangedor mesmo. Sem forças, me sentei na cama dela (tomando o cuidado para não encostar certas partes do corpo "pegas" pelo acidente) enquanto ela limpava o estrago. Em determinado momento, após me limpar e tentar descansar, percebi que agora era Thereza quem vomitava, e, aos tropeços, tentei ir acudi-la... mas meus pés meio que tomaram o caminho para outro banheiro da casa, onde continuei a colocar tudo pra fora.

Como ela mesma diria depois, foi uma noite de Rei e Rainha para nós dois, pois passamos um bom tempo, cada um em banheiros diferentes, vomitando. E foi isso. Mas pelo menos estamos melhores agora. E espero que o próximo feriado (seja lá qual for) não reserve surpresas tão desagradáveis.