quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Medo



(Encontrei esse texto em uma antiga anotação de um diário, que escrevi por volta de 2001 para 2004. Achei interessante o suficiente para registrá-lo aqui).

Medo. Um ato de sobrevivência presente na maioria dos seres vivos da terra atual. Sem o medo, lutaríamos com alguém mais forte do que nós, desafiaríamos bandidos e pularíamos em precipícios sem segurança nenhuma.

Realmente, o medo faz parte de nossa vida em muitos momentos: quandos estamos sozinhos, quando está de noite e andamos em uma rua escura, quando pensamos na morte... enfim, as variações desse sentimento são quase infinitas.

Sinto medo quando atravesso ruas movimentadas. Sinto medo quando recebo o boletim e tenho que entregá-lo aos meus pais. Sinto medo quando imagino quantas pessoas matam e morrem pela religião ou por dinheiro. Sinto medo quando leio todos os dias os jornais e percebo que a humanidade continua em um lento processo de autodestruição e, ainda, levando o planeta junto...

Mas ainda sinto esperança quando ligo a tv e vejo pessoas desaparecidas serem encontradas, quando vejo o excelente trabalho de ONGs e quando fico perplexo ao ver as maravilhas da ciência moderna rumo, espero, a imortalidade.

Sim, eu admito que sou medroso, eu admito. Mas não sou covarde. Um medroso se preocupa apenas em se defender, já o covarde é aquele que se deixa dominar pelo medo e se aproveita dos outros para chegar aonde quer. Como se pode ver, há uma grande diferença entre os dois.

Essa é a minha sincera opinião.

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